Infelizmente, o simples fato de existir já é uma ofensa para muitos. O simples fato de existir causa sentimentos bons e ruins em terceiros. Basta existir para ser objeto de crítca, boas e ruins. Basta exisitr para ser assunto, para ser comentado, para ser falado. Basta só existir. Não precisa fazer nada mais. Só de existir pessoas vão ou não vão com seu modo. Só por existir sofre-se crítica pelo que fez ou deixou de fazer, pensou ou deixou de pensar, vestiu ou deixou de vestir, sentiu ou deixou de sentir. Basta só existir...
Não precisa fazer nada com ninguém, nem falar nada de alguém para ser alvo da "sabedoria" ou da "inteligência" ou da opinião ou do conceito alheio. A existêcia, por sí só, já é ofensiva...
Talvez isso aconteça porque há gente "inteligente" demais nesse mundo. Gente muito "boa". Gente que não consegue entender a diversidade da alma humana. A diversidade de caracterísitcas, de defeitos e de qualidades. Gente que se sente "parâmetro". Gente que desconhece que, devido à diversidade da alma humana, a vida não é, de maneira alguma, um "plano", um "gráfico" retilínio. O que serve para um pode não servir para outro. Esse "outro" é uma pessoa diferente. Pessoa com sentimentos, pensamentos e experiências tão particulares que sua vida, seu caminho é tão particular quanto ela.
Raul Seixas em "Sociedade Alternativa" diz: "Cada pessoa é uma estrela". Ou seja, cada pessoa é única. Antes de tratarmos a existência de alguém como uma ofensa, por qualquer motivo, tentemos ver tal pessoa, com sentimentos, características, experiências tão particulares, como uma "benção".
É no encontro e no diálogo com o "diferente" que a verdadeira sabedoria, o verdadeiro conhecimento e o verdadeiro conceito surgem. Anulemos o "pré-conceito".
Cultivemos a tolerância. Cultivemos a diversidade.
terça-feira, 19 de outubro de 2010
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1 comentários:
Infelizmente é bem verdade essa afirmação, caro amigo. Mas acho que o conceito dessa "existência" é meio controverso. Por exemplo, Tu existe assim como uma pedra e uma folha. Mas diferente desses dois elementos da natureza, tu como ser humano tens a plena consciência dessa existência. Certamente tu poderias existir sozinho, mas não teria conhecimento disso sem os "outros" que lhe rodeiam. Como você colocou acima, querendo ou não, somos alimentado com todas as contribuíções que recebemos ao longo de nossa existência. Contribuições estas que podem vim de nossa família, nossos amigos ,colegas, professores e por que não dizer também de nossos desafetos? Sim, de nossos desafetos também. Há até algum tempo, uma das frases mais célebres que eu considerava, era aquela que dizia: "O inferno são os outros". Mas com o tempo eu fui percebendo que isso não é bem verdade. Claro que não serei hipócrita de afirmar aqui o contrário, que o paraíso são os outros". Mas esse "inferno" muitas vezes é causado por nós mesmo na medida que não aceitamos o fato de que os outros pensem e sejam diferentes de nós. E isso é uma estupidez de nossa parte porque é justamente por não ser idêntico a mim é que o outro participa da minha existência. É o outro quem permite também, através de sua coexistência, que eu “viva” e não apenas “exista”. Porque somos “aracnídeos” que estamos sempre “tecendo nossa teia com os outros “aracnídeos”. Só consigo dizer “eu”, graças a “tu” que me ouves.
Grato,
M.
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