O cacique ficou tão fascinado pelo canto que perseguiu o pássaro para prendê-lo. O Uirapuru voou para a floresta e o cacique, na perseguição, nela se perdeu para sempre.
Todas as noites o Uirapuru voltava para acalentar os sonhos do seu amor, esperando, também, que um dia, a índia pudesse reconhecê-lo e despertá-lo do seu encanto.
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A outra narra que duas índias muito amigas apaixonaram-se pelo mesmo guerreiro da tribo. A história do amor das duas se espalhou pela aldeia, e os mais velhos resolveram perguntar ao índio qual das duas ele amava. Mais que uma resposta, confessou seu amor pelas duas.
Pelas tradições da tribo não era permitido o casamento com as duas índias e, assim, o conselho de anciões da tribo decidiu: “o guerreiro casaria com aquela que primeiro conseguisse flechar um marreco voando”.
O casamento foi realizado. A índia que perdeu foi ficando cada vez mais triste, pois não suportava a impossibilidade de realizar seu grande amor e a saudade da amiga Procurou um lugar distante e começou a chorar. Chorou tanto, que suas lágrimas se transformaram num riacho.
Inconformada com aquela situação implorou a Tupã para ser transformada num pássaro.
Tupã compadecido atendeu-a dizendo: “de hoje e para sempre serás o Uirapuru. Terás um canto tão lindo e harmonioso que te livrarás de teu sofrimento. Quando cantares a floresta silenciará”
Fonte: www.recantodasletras.uol.com.br
Uirapuru
compositor: ???
Uirapuru, Uirapuru
Seresteiro, cantador do meu sertão
Uirapuru, ô Uirapuru
Seresteiro, cantador do meu sertão
Uirapuru, ô Uirapuru
Fez no canto as mágoas do meu coração
A mata inteira fica muda ao seu cantar
Tudo se cala para ouvir sua canção
E vai ao céu numa sentida melodia
Vai a Deus em forma triste de oração
Uirapuru, ô Uirapuru
Seresteiro, cantador do meu sertão
Uirapuru, ô Uirapuru
Fez no canto as mágoas do meu coração
Se Deus ouvisse o que lhe sai do coração
Entenderia que é de dor sua canção
E dos seus olhos tanto pranto rolaria
Que daria p'ra salvar o meu sertão
Uirapuru, ô Uirapuru
Seresteiro, cantador do meu sertão
Uirapuru, ô Uirapuru
Fez no canto as mágoas do meu coração
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