segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Qualidade de Vida

Postado por El Caboclo às 23:10
Hoje, uma colega de sala disse que abandonaria o emprego. Os motivos: ela é jovem, trabalha 8 horas por dia, não tem tempo p'ra nada, não vê possibilidade de crescimento na empresa, não tem tempo para passear com a cadelinha, além de estar cansada no final de semana e seus estudos estarem sendo prejudicados.
Justo?
Acredito que sim! O que escrevo agora não será minha opinião definitiva. Devo refletir, mas expressarei minha humilde opinião. (se possível, gostaria de ouvir a sua).
O planejamento de vida dela, agora, é "pular" de estágio em estágio.

8 horas de tabalho por dia, mais 4 horas de trabalho no sábado. 44 horas no total. Essa é a carga horária legal no Brasil. Minha conta é a seguinte. Imagine-se universitário/a. Você trabalha 8 horas por dia pela empresa. Isso sem contar que você se levantará com pelomenos 1 hora de antecedência para se preparar e chegar ao ofício no horário certo. Pelomenos 1 hora de almoço, o que está previsto na Consolidação das Leis Trabalhistas (ou do Trabalho) - CLT. Contabiliza aí mais uma hora para voltar para casa. Deu 11 horas, né? Quase metade do dia? Sem contar que esse/a universitário/a estuda... Pelomenos 4 horas do dia? O que fazemos das 00:00 ás 06:00h?
Contamos 21 horas, já, foi?

Vivemos numa corda bamba. Buscamos o Equilíbrio. Vários ventos nos empurram: família, amigos, lazer, eu, outrem, obrigações. Infelizmente, em certas partes de nossas vidas, "acudimos" melhor uma parte, e faltamos em outras... Isso é normal. Passaremos nossas vidas buscando o Equilíbrio.

O questionamento é: até onde é coerente esse nosso sistema de vida?
Na verdade, já nascemos nesse sistema. Sabemos que tem algo errado,
Mas não sabemos dizer direito o que é...
Ou sabemos, mas não podemos mudar?
Ou somos frutos do sistema?

Ajude-me a formar um conceito mais sólido, por favor.

2 comentários:

Tiago disse...

A única resposta é que não importa o que você faça contra o sistema, ele sempre vai te puxar com a mesma força até que suas forças se esgotem...

Muahauhauhau

Tatielle. disse...

Algum tempo eu li este texto, me questionei, afinal também vivo momentos como essa garota citada. Levo uma vida agitada, Aula pela manhã na faculdade, eu engulo o almoço para ir trabalhar, e estudo algumas horas depois que chego em casa.
Bem pelo menos minha carga de trabalho é 6horas, na verdade, 5h e meia pelo fato d’eu ser estudante.

Minha humilde opnião diante aos questionamentos:

O questionamento é:
1 - Até onde é coerente esse nosso sistema de vida?

R= Acho que começa a ser incoerente no ponto que nos torna infeliz ou o stress é demasiado. Como o caso da moça citado. É um tipo de coisa que eu não agüentaria. Mal agüento meu modo de vida, olha que já tive stress moderado com sintomas físicos.

2- Mas não podemos mudar?

R= Infelizmente não. Mas podemos tentar ser exceções, que é um processo difícil e desgastante em sua maioria. Não mudaremos por completo o sistema, mas talvez não tentar estar 100% nele já é alguma coisa.

3 - Ou somos frutos do sistema?

R= Sim, somos frutos, já que nascemos nele, agora aceita-lo é opção. Bem, muitos acabam aceitando por falta de opção, ou de sei lá o que, há muitos motivos que nos levam a fazer parte do sistema.

“I need to fuck the system!
We all need to fuck the system”

“War!
Fuck the system!”

System Of a Down

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